Mercado Financeiro: principais notícias de 10 a 14/2

O BCB publicou, nesta quinta-feira (13), a Consulta Pública 117/2025, que propõe regulamentar a denominação das instituições autorizadas, abrangendo o nome empresarial, nome fantasia, marca e domínio de internet. A iniciativa visa evitar o uso indevido de termos, como “bank”, por fintechs e outras instituições que não possuem licença para atuarem como bancos. O objetivo é proteger os consumidores e assegurar que as denominações reflitam com precisão a natureza dos serviços prestados pelas instituições. A proposta também estabelece a proibição de parcerias entre instituições autorizadas e entidades não autorizadas pelo BCB que utilizam denominações incompatíveis com as novas diretrizes. Além disso, as entidades deverão divulgar de maneira clara as atividades das quais foram autorizadas, os serviços permitidos e, se aplicável, o conglomerado prudencial, com o intuito de promover maior transparência e conformidade.

A CVM, nesta quinta-feira (13), divulgou a 9ª edição do Boletim CVM Agronegócio, destacando que a indústria de Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (FIAGRO) registrou um crescimento de 315% entre dezembro de 2022 e dezembro de 2024. O patrimônio líquido desses fundos aumentou de R$ 10,5 bilhões para R$ 43,7 bilhões no período. Além disso, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) apresentaram um crescimento de 60% no mesmo intervalo, alcançando um patrimônio líquido de R$ 153,5 bilhões em dezembro de 2024. O boletim também aponta que a participação do agronegócio no mercado de capitais brasileiro cresceu 16% nos últimos dois anos, com o volume financeiro do setor aumentando de R$ 397 bilhões para R$ 540 bilhões.

Na quarta-feira (12), a B3 anunciou a criação de um índice para debêntures de alta qualidade, denominado Índice de Debêntures Ultra Qualidade DI B3. Esse índice incluirá debêntures aceitas pela bolsa como garantia em operações, com maior rigor na seleção. Em breve, será lançado um ETF que seguirá o desempenho desse indicador. O mercado de debêntures segue em alta com recordes de emissões em 2024, e a B3 tem a expectativa de criar mais índices de renda fixa neste ano.

Nesta quarta-feira (12), a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS) divulgou que o uso de cartões no Brasil ultrapassou R$4 trilhões em 2024, um crescimento de 10,9% em relação ao ano anterior. O uso de cartões de crédito liderou o índice de transações, somando R$2,8 trilhões. As transações por aproximação também tiveram um aumento expressivo, crescendo 48,3%. Para 2025, a previsão é que o volume ultrapasse R$4,5 trilhões, com destaque para o uso do débito em compras não presenciais.

Na última sexta-feira (07), a B3 anunciou que lançará, ainda em 2025, contratos futuros das criptomoedas Solana (SOL) e Ethereum (ETH), ampliando sua oferta de produtos no setor de criptoativos. Desde abril do ano passado, a bolsa brasileira já oferece contratos futuros de Bitcoin, que têm movimentado cerca de R$15 bilhões por mês. Além disso, segundo o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, há planos para o lançamento de opções de Bitcoin, visando diversificar ainda mais as alternativas de investimento em criptomoedas.