Publicação 16 Apr 2025 · Brasil

Médico com múltiplos vínculos: atenção ao excesso de contribuição previdenciária

Contribuições acima do teto do INSS podem ser recuperadas por profissionais da saúde que atuam em múltiplos vínculos

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Muitos profissionais da saúde prestam serviços simultaneamente em diferentes clínicas, consultórios, hospitais ou por meio de empresas próprias (PJs), recebendo pró-labore em mais de uma fonte. Até aí, tudo certo.

O problema é que, em múltiplos casos, as contribuições previdenciárias (INSS) são recolhidas sobre o valor integral do pró-labore em cada vínculo, superando o teto previdenciário.

Esse excesso de contribuição ocorre, na maioria das vezes, sobre o pró-labore recebido por diferentes fontes pagadoras, e muitas vezes passa despercebido. Mesmo quando a soma dos valores ultrapassa o teto mensal do INSS, o recolhimento integral é feito em cada vínculo separadamente, o que gera um pagamento a maior.

Isso significa que o profissional, possivelmente, está recolhendo valores acima do limite legal, mês após mês — sem que esse excesso traga qualquer benefício adicional para a futura aposentadoria ou outro benefício previdenciário.

O que muitos não sabem é que esse recolhimento indevido pode ser restituído. A legislação permite que a restituição ou compensação dos valores pagos indevidamente, ocorra dentro do prazo de 5 anos. Isso pode representar uma recuperação significativa de recursos que foram repassados à Previdência sem necessidade.

Por isso é importante avaliar as contribuições já efetuadas ao INSS para verificar a viabilidade da restituição de valores que que foram repassados à Previdência além do necessário.

Quem pode pedir a restituição?

  • Médicos ou outros profissionais que atuam como empregados ou PJ (pessoa jurídica) e prestam serviços para mais de um empregador ou tomador de serviços (hospital, clínica, consultório, etc.)
  • Profissionais que recebem salário e/ou pró-labore concomitantes e que vertam contribuições sociais que, somadas, ultrapassam o teto do INSS
  • Recolhimentos ocorridos dentro do prazo legal (últimos 5 anos)

Neste cenário, vale observar com atenção se as contribuições feitas até então ao INSS estão dentro do que a lei prevê — nem a menos, nem a mais.

Entender como essas contribuições funcionam, e se há valores a recuperar, é uma forma inteligente de cuidar da sua saúde financeira — hoje e no futuro.