Mercado Financeiro: principais noticias de 07 a 11/4
Semana destaca inovações no Open Finance, SupTech e sustentabilidade, com alta nos investimentos bancários e entraves no projeto Drex.

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1. Abecs apresenta proposta para inclusão de cartões no Open Finance
A Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) apresentou, na última segunda-feira (07), uma proposta para incluir meios eletrônicos de pagamento, como cartões, no Open Finance. O objetivo é integrar melhor os ecossistemas financeiros, ampliar o uso da iniciação de transação de pagamentos e oferecer mais eficiência, inovação e segurança para consumidores e empresas. A entidade destaca que a inclusão dos cartões traria benefícios como maior conversão de vendas, praticidade nos pagamentos e acesso facilitado ao crédito. Segundo a entidade, a inserção dos cartões no ambiente do Open Finance traria impactos positivos significativos, como: aumento da conversão de vendas para o varejo; redução de fricções em jornadas de compra, especialmente nas transações via links; e ampliação do acesso ao crédito.
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Abecs apresenta proposta para inclusão de cartões no open finance
2. BIS divulga estudo sobre o uso de tecnologias de supervisão (SupTech)
O Banco de Compensações Internacionais (BIS) divulgou na terça-feira (08) um estudo sobre o uso de tecnologias de supervisão (SupTech) por órgãos reguladores ao redor do mundo para aprimorar a fiscalização bancária. Com base em dados do BCB, a pesquisa avaliou se essas tecnologias são eficazes na disciplina do comportamento de risco dos bancos. Os resultados mostram que, após eventos de SupTech, os bancos tendem a revelar riscos de crédito ocultos, aumentar provisões para perdas e restringir empréstimos a tomadores menos confiáveis, o que melhora a qualidade de suas carteiras. O estudo aponta que esses efeitos decorrem, principalmente, de um canal de persuasão moral, em que o aumento da atenção regulatória leva os bancos a adotarem práticas de gestão de risco mais conservadoras e alinhadas às expectativas do supervisor. O estudo reforça o papel das SupTech como ferramenta estratégica para a estabilidade financeira.
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O efeito disciplinador da supervisão bancária: evidências da SupTech
3. Banco Central divulga consulta pública sobre tratamento contábil de ativos e passivos de ações de sustentabilidade
Na quarta-feira (09), o BCB colocou sob consulta pública proposta de regulamentação para padronização do tratamento contábil de ativos e passivos ligados a ações de sustentabilidade. A proposta altera a Resolução BCB nº 2/2020 para exigir a inclusão desses elementos no balanço patrimonial das instituições financeiras e autorizadas. Atualmente, não há normas específicas para esses itens, o que gera tratamentos contábeis distintos. A minuta define conceitos, critérios de classificação e formas de mensuração desses ativos e passivos, considerando o modelo de negócio das instituições. As regras se baseiam na orientação OCPC 10 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e se alinham à Resolução CVM 223/2024. Sugestões podem ser enviadas até 31/05/2025.
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4. Investimento de bancos em tecnologia deve crescer 13% em 2025 e chegar a R$ 47,8 bilhões
Na quinta-feira (10), a Febraban apresentou os resultados do primeiro volume da “Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025”, estudo anual realizado junto aos principais bancos do país para mapear o estágio da tecnologia no setor e identificar suas tendências. A pesquisa revelou que os bancos brasileiros devem investir, em 2025, R$ 47,8 bilhões em tecnologia, um crescimento de 13% em relação a 2024. O aumento é impulsionado por iniciativas estratégicas focadas em Inteligência Artificial (IA), IA Generativa (GenAI) e Cloud, áreas que devem receber investimentos expressivos. A pesquisa destaca ainda a prioridade em cibersegurança, a incorporação da IA para ganhos de eficiência e personalização de serviços e a expectativa de crescimento de 15% no número de profissionais de TI.
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Investimento dos bancos em tecnologia deve crescer 13% em 2025 e chegar a R$ 47,8 bilhões
Pix deve receber quase 50% a mais de investimento dos bancos em tecnologia em 2025
5. Empresas “pisam no freio” no Drex e apontam dificuldades com o Banco Central
Pelo menos duas empresas participantes do piloto do Drex – Microsoft e EY – reduziram sua atuação no projeto devido aos altos requisitos técnicos e aos custos impostos pelo BCB. As soluções de privacidade em teste, essenciais para garantir o sigilo bancário na rede descentralizada, ainda não atenderam a todos os critérios da autoridade monetária. A Microsoft diminuiu seu foco no projeto, mas a ferramenta ZKP Nova continuará a ser testada pela tokenizadora Hamsa. Já a EY perdeu sua equipe dedicada no Brasil. Apesar dos desafios, como dificuldades técnicas e a menor visibilidade do projeto na atual gestão do BCB, bancos como BV e Bradesco seguem comprometidos com a iniciativa. O BCB reforçou que o Drex permanece como projeto estratégico e que os próximos passos estão em discussão para impulsionar a inovação no sistema financeiro.
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Empresas ‘pisam no freio’ no Drex e chamam atenção para dificuldades com o BC