Publicação 13 Jun 2025 · Brasil

Mercado Financeiro: principais noticias de 9 a 13/6

Avanços em cripto, Pix 2.0, regulação e IA marcam novidades do setor financeiro brasileiro

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1. Bancos passarão a oferecer cripto-dólar direto na conta corrente

Nesta quinta-feira (12), foi anunciado que a Matera firmou parceria com a americana Circle, emissora da stablecoin USDC, para permitir que correntistas de bancos e fintechs brasileiros esse criptoativo diretamente em suas contas em real, sem necessidade de conta internacional. Com capitalização de US$ 60 bilhões e volume diário de US$ 5–7 bilhões, a USDC oferece transações instantâneas, seguras e sem cobrança de IOF na conversão entre reais e dólar digital, embora ganhos por variação de cotação fiquem sujeitos a imposto de renda. A iniciativa, voltada a usuários comuns sem experiência no mercado de criptoativos, deverá ampliar a interoperabilidade entre ativos digitais e o sistema financeiro tradicional, beneficiando quem busca liquidação instantânea e custos reduzidos.

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Clientes de bancos poderão ter cripto de dólar diretamente na conta corrente

2. BCB destaca Pix 2.0 e Drex como alavancas para crédito com Pix Garantia

Na quarta (11), o presidente do BCB, Gabriel Galípolo, apresentou no Febraban Tech 2025 o “Pix 2.0”, que engloba o Pix Garantia (uso de recebíveis futuros como colateral para empréstimos), o Pix Automático (operação plena a partir de 16/6), o Pix por Aproximação, o Pix Parcelado e o MED 2.0, todos voltados à inclusão, conveniência e, sobretudo, à ampliação do acesso ao crédito com custos e riscos reduzidos. No que se refere ao Drex, Galípolo esclareceu que não é uma CBDC tradicional, mas uma infraestrutura baseada em “Distributed Ledger Technology”, smart contracts e tokenização de ativos, cujo objetivo é modernizar o mercado de crédito, facilitando a colateralização de ativos tokenizados e melhorando as condições de financiamento. Por fim, destacou a necessidade de uma PEC para ampliar o perímetro regulatório do BCB, garantindo transparência e supervisão adequada aos novos players financeiros não bancários.

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Presidente do BC reforça papel do "Pix 2.0" e do Drex no acesso ao crédito

3. ANBIMA apoia iniciativas para regular os ativos virtuais no Brasil

Nesta quarta-feira (11), a ANBIMA divulgou seu apoio à regulação de ativos virtuais no Brasil. De acordo com a ANBIMA, o Brasil avança na construção de um arcabouço regulatório para criptoativos alinhado às melhores práticas internacionais, e a entidade vem contribuindo de forma ativa por meio da participação nas consultas públicas e articulando uma visão integrada do setor. Além disso, a ANBIMA informou que pretende elaborar diretrizes de autorregulação para a custódia de criptoativos, focando em governança, controles e robustez tecnológica na guarda das chaves, sendo a custódia um dos principais pontos de atenção para a entidade.

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Conheça as iniciativas que apoiamos para regular ativos virtuais no Brasil

4. B3 apresenta duplicata escritural como nova alavanca de crédito na Febraban Tech

Na última quarta-feira (11), durante a Febraban Tech, a B3 aproveitou o painel “Duplicata escritural: Valor que vai além da regulação” para apresentar suas soluções que apoiam tomadores e financiadores de crédito na nova era das duplicatas eletrônicas. Com a Resolução BCB nº 339/2023, empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões já devem registrar esses títulos em ambiente autorizado, reduzindo riscos de fraudes, erros e duplicidades. Tal exigência será estendida a médias e pequenas empresas. O segmento, que move cerca de R$ 10 trilhões ao ano, tem apenas 10% dos títulos negociados, indicando amplo potencial de crescimento, especialmente com a integração de novas tecnologias e os impactos da reforma tributária no mercado de capitais.

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Na Febraban Tech, B3 reforça soluções no mercado de crédito com avanço das duplicatas eletrônicas

5. B3 destaca uso de IA autônoma em processos financeiros

Na quarta-feira (14), durante a Febraban Tech, a B3 destacou o uso de agentes autônomos de Inteligência Artificial em suas diversas frentes de atuação para otimizar processos internos e aprimorar a experiência de clientes e participantes do mercado de capitais. Esses sistemas operam de forma independente, seguindo instruções humanas para executar tarefas rotineiras, do monitoramento de atendimento pelo Digital Coach, que analisa ligações e gera relatórios de qualidade, até a automação de operações de mercado respeitando todas as regras regulatórias. Segundo Rodrigo Nardoni, vice-presidente de Tecnologia, a adoção desses agentes reduz em minutos atividades que antes levavam dias, liberando equipes para focar em decisões estratégica.

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Área técnica da CVM orienta sobre verificação dos Relatórios de Ouvidoria