Checklist de Ouro: 5 passos para uma transação de M&A sem sobressaltos

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Negociações de M&A (Fusões e Aquisições) são sempre momentos estratégicos e desafiadores para empresas, vendedores e investidores. É possível afirmar: por trás de uma operação bem-sucedida, sempre há um processo cuidadosamente estruturado e um time multidisciplinar bem alinhado.
Se você está se preparando para uma transação ou apenas quer entender melhor o que torna um deal mais seguro, aqui está uma lista resumida de passos essenciais para evitar surpresas desagradáveis e garantir que tudo corra dentro do esperado.
1. Organização é tudo: prepare-se antes da diligência
Antes mesmo de abrir os documentos para a due diligence, é fundamental que a empresa esteja com a casa arrumada. Contratos, documentos societários, registros contábeis, questões regulatórias e trabalhistas — tudo precisa estar atualizado e acessível. A etapa de diligência pode ser desgastante mas, com uma boa preparação, ela se torna muito mais eficiente.
2. Due Diligence é análise de risco
Mais do que listar documentos, a due diligence servirá para entender os riscos reais do negócio e orientar a negociação. Problemas descobertos podem impactar diretamente no valuation, nas cláusulas contratuais (especialmente garantias e indenizações) e até na viabilidade da transação. Por isso, esse processo precisa ser conduzido com olhar crítico e jurídico apurado.
3. SPA sob medida: contratos claros evitam litígios
O Sales and Purchase Agreement (SPA), ou simplesmente Contrato de Compra e Venda, deve refletir com exatidão os termos negociados. As cláusulas como declarações e garantias, indenizações, condições suspensivas e mecanismos de ajuste de preço precisam ser feitas sob medida para cada operação. Evite modelos genéricos — cada negócio é único e merece atenção individualizada.
4. Comunicação entre as partes
A comunicação entre times jurídicos, financeiros, regulatórios e as lideranças das empresas envolvidas precisa ser constante (obviamente, preservando a confidencialidade da transação). Ruídos de comunicação ou desalinhamentos de expectativas costumam ser fonte de retrabalho e atrasos — ou, pior, de conflitos pós-fechamento.
5. Planeje o pós-fechamento desde o início
Fechar o deal não é o fim — é o começo de uma nova etapa. Questões como integração operacional, comunicações estratégicas, obrigações pós-closing e acompanhamento de possíveis contingências precisam ser pensadas desde o início da transação. Antecipar o pós-fechamento é cuidar da longevidade do negócio.